Séries de livros de bolso eram extremamente populares em meados das décadas de cinquenta e sessenta no Brasil e uma das editoras mais prolíficas nessas publicações foi a Tecnoprint/Edições de Ouro, que mais tarde viria a se tornar a Ediouro. O gênero policial dominava o maior número de coleções, havia a Seleção/Série Policial, a Seleção/Série Criminal, assim como dezenas de séries protagonizadas por detetives, a exemplo da Série Irving Le Roy, a Série Shell Scott, a Série Chester Drum, entre muitas outras. Mas também havia espaço para a ficção científica e o terror, que juntamente com o suspense policial formavam a santíssima trindade da literatura pulp por aqui.
Há poucas informações sobre a Seleção/Série Terror e poucas edições sobreviveram à passagem do tempo, o que se sabe é que a série provavelmente foi publicada no final da década de cinquenta e em meados dos anos sessenta. Suas primeiras edições foram de clássicos da literatura de terror, o Drácula de Bram Stoker e Frankenstein de Mary Shelley, buscando capturar o gosto popular associando os livros à grandes sucessos do cinema da época, o que pode ser visto pela capa de Frankenstein que é a mesma imagem do pôster do filme A Vingança de Frankenstein de 1958.
Um grande questionamento sobre a Seleção/Série Terror é a limitação da publicação de bolso e a supressão de partes da narrativa destas obras para que se encaixassem neste formato. A pesquisadora Lilian Agg Garcia, em sua tese de doutorado intitulada Mary Shelley e as cartas de Frankenstein: uma análise comparativa de seis traduções brasileiras, analisando a edição de Frankenstein da Tecnoprint constatou que as as três primeiras cartas que compõe o romance foram eliminadas e o texto se inicia na quarta carta intitulada prólogo.
O imaginário do público leitor brasileiro sobre esses livros era composto prioritariamente pela referência das histórias do cinema e essa evisceração do texto (leia-se uma forma de censura) para torná-lo mais atraente para o público é triste, e um exemplo de como o leitor era subestimado na época. É talvez uma das gêneses do movimento de publicação de novelizações de filmes de terror dos anos setenta e oitenta, em detrimento a qualquer outro tipo de produção, e pela própria forma como livros de autores pouco conhecidos ou que fogem do formato best seller chegam no Brasil até os dias de hoje, na sombra de uma adaptação para o cinema ou televisão.
Se nos seus primeiros volumes Seleção/Série Terror explorou personagens clássicos como Drácula, Frankenstein e Jack, o Estripador, a partir do 15º volume passou a focar exclusivamente na obra de Sax Rohmer, em especial em histórias de Fu Manchu e Sumuru. Anos mais tarde alguns dos livros da coleção foram republicados na Coleção Drácula da Ediouro.
Há poucas informações sobre a Seleção/Série Terror e poucas edições sobreviveram à passagem do tempo, o que se sabe é que a série provavelmente foi publicada no final da década de cinquenta e em meados dos anos sessenta. Suas primeiras edições foram de clássicos da literatura de terror, o Drácula de Bram Stoker e Frankenstein de Mary Shelley, buscando capturar o gosto popular associando os livros à grandes sucessos do cinema da época, o que pode ser visto pela capa de Frankenstein que é a mesma imagem do pôster do filme A Vingança de Frankenstein de 1958.
Um grande questionamento sobre a Seleção/Série Terror é a limitação da publicação de bolso e a supressão de partes da narrativa destas obras para que se encaixassem neste formato. A pesquisadora Lilian Agg Garcia, em sua tese de doutorado intitulada Mary Shelley e as cartas de Frankenstein: uma análise comparativa de seis traduções brasileiras, analisando a edição de Frankenstein da Tecnoprint constatou que as as três primeiras cartas que compõe o romance foram eliminadas e o texto se inicia na quarta carta intitulada prólogo.
O imaginário do público leitor brasileiro sobre esses livros era composto prioritariamente pela referência das histórias do cinema e essa evisceração do texto (leia-se uma forma de censura) para torná-lo mais atraente para o público é triste, e um exemplo de como o leitor era subestimado na época. É talvez uma das gêneses do movimento de publicação de novelizações de filmes de terror dos anos setenta e oitenta, em detrimento a qualquer outro tipo de produção, e pela própria forma como livros de autores pouco conhecidos ou que fogem do formato best seller chegam no Brasil até os dias de hoje, na sombra de uma adaptação para o cinema ou televisão.
Se nos seus primeiros volumes Seleção/Série Terror explorou personagens clássicos como Drácula, Frankenstein e Jack, o Estripador, a partir do 15º volume passou a focar exclusivamente na obra de Sax Rohmer, em especial em histórias de Fu Manchu e Sumuru. Anos mais tarde alguns dos livros da coleção foram republicados na Coleção Drácula da Ediouro.
1. Drácula de Bram Stoker
(capa não encontrada)
2. Frankenstein de Mary Shelley
3. Jack, o Estripador: O Terror da Cidade de Gardner F. Fox
4. Um morto entre os vivos de Peter Randa
(capa não encontrada)
5. O Riso da Morte de Benoit Becker
6. ...E Ninguém viverá de Marc Agapit
7. Terror Verde de Benoit Becker
8. O Vampiro e a Bailarina de Benoit Becker
9. Uma Voz Dentro da Noite de André Lay
10. A Bordo do Avião Internacional de Kurt Steiner
11. Alucinação de Patrick Svenn
12. O Ruído do Silêncio de Kurt Steiner
13. A Caixa de Cristal Vermelho de Georges Gauthier
14. O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson
15. A Volta de Fu Manchu de Sax Rohmer
16. O Império de Fu Manchu de Sax Rohmer
17. Sumuru: Escravizadora de Homens de Sax Rohmer
18. O Signo da serpente de Sax Rohmer
19. A Deusa do Fogo de Sax Rohmer
20. A Volta de Sumuru de Sax Rohmer
21. A Madona Sinistra de Sax Rohmer
6. ...E Ninguém viverá de Marc Agapit
7. Terror Verde de Benoit Becker
8. O Vampiro e a Bailarina de Benoit Becker
9. Uma Voz Dentro da Noite de André Lay
10. A Bordo do Avião Internacional de Kurt Steiner
11. Alucinação de Patrick Svenn
12. O Ruído do Silêncio de Kurt Steiner
13. A Caixa de Cristal Vermelho de Georges Gauthier
14. O Médico e o Monstro de Robert Louis Stevenson
15. A Volta de Fu Manchu de Sax Rohmer
16. O Império de Fu Manchu de Sax Rohmer
17. Sumuru: Escravizadora de Homens de Sax Rohmer
18. O Signo da serpente de Sax Rohmer
19. A Deusa do Fogo de Sax Rohmer
20. A Volta de Sumuru de Sax Rohmer
21. A Madona Sinistra de Sax Rohmer
4 Comentários
A serie Irving Leroy e Shell Scott eram top, meio romance noir, muito boas mesmo.
ResponderExcluirOi Rafael, até hoje tenho o exemplar de O Terror Verde e o Ninguém Viverá, que é absolutamente delicioso, nao empresto, nao vendo, nada! Faz parte da minha historia familiar. Sou sortuda mesmo 🍀🤗.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAlguém já leu "Os mortos também protestam"? Não lembro o autor, mas é muito bom.
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