Creepypastas são um dos produtos mais sombrios da cibercultura, narrativas que são construídas e desconstruídas em obscuros fóruns da internet pelos próprios usuários com a intenção de causar medo nos internautas. E para isso se utilizam de imagens, áudios e até mesmo vídeos que lhes conferem o status de veracidade e são responsáveis pela sua propagação e "infecção" de sites, blogs e redes sociais, onde a discussão e repetição faz com que adquiram a aura mítica de lenda urbana.
Essa construção compartilhada através de cópia e colagem, ou copypaste em inglês, deu origem ao seu nome, com a alteração de copy para creepy, assinalando o caráter assustador das narrativas. Suas histórias percorrem vários temas, sendo as mais comuns as creepypastas sobre fantasmas, manifestações de espíritos, alienígenas, rituais macabros, animais selvagens, mutações bizarras, rituais macabros, desaparecimentos, suicídios e fatos da história que são escondidos pelos governos.
Essa é uma das expressões narrativas mais apaixonadas do mundo virtual, há toda uma subcultura que gira em torno das creepypastas, alimentando-as e expandindo sua mitologia, colecionando sustos e noites insones em internautas incautos. Eis a necessidade e importância de um livro como a antologia Creepypastas: Lendas da Internet, mais do que a representação "física" do tema no cenário da literatura nacional é o reconhecimento de toda uma produção cultural que há anos encontra morada nos recônditos da internet e apresentação da mesma a um novo público, ávido por material de inspiração para seus pesadelos.
Organizada por Glau Kemp, um dos nomes mais importantes da literatura de terror nacional contemporânea, a antologia conta com 33 histórias que exploram as mais diversas facetas e manifestações das creepypastas, a mistura de autores conhecidos com novos escritores é uma grande oportunidade para conhecer nomes atuais da literatura e experimentar a visão particular de horror de cada um. Entretanto senti falta de uma apresentação para a antologia, um texto que preparasse o leitor para os horrores que vivem entre as páginas e que servisse de boas vindas para aquele que não conhece nada do assunto. A seguir irei comentar cada um dos contos destacando seus pontos positivos e negativos e dando para cada obra individualmente além da própria nota final da obra em um todo.
O Ruído nas Trevas de Alfredo Alvarenga abre a antologia com uma narrativa poética que envolve o leitor nos mistérios das transmissões fantasma de rádio. Dizem que se você sintonizar a frequência correta, no horário adequado, será capaz de captar ruídos estranhos que contém mensagens assustadoras. A escrita de Alfredo Alvarenga combina com perfeição a agilidade necessária a um conto de terror com explicações didáticas sobre as lendas por trás das transmissões, um conto instigante que satisfaz o leitor com seu clímax e deixa espaço para divagações, sem deixar o ritmo do suspense diminuir nos conduz por uma história sombria de obsessão com ecos de horror lovecraftiano. ☠ (10/10)
O Chamado da Cigarra de Ana S. Varella explora os mistérios da deep web, das mensagens criptografadas e dos segredos sombrios que elas guardam. Um jovem acorda em um porão escuro cercado por cadáveres desmembrados, frutos do trabalho cuidadoso e dedicado de tortura de uma figura assustadora conhecida como O Carniceiro. Ana S. Varella desfia os horrores que se escondem por trás de links obscuros e sites proibidos em uma narrativa que cumpre as expectativas e entrega ao leitor uma história arrepiante e um final surpreendente. ☠ (8/10)
O Chamado da Cigarra de Ana S. Varella explora os mistérios da deep web, das mensagens criptografadas e dos segredos sombrios que elas guardam. Um jovem acorda em um porão escuro cercado por cadáveres desmembrados, frutos do trabalho cuidadoso e dedicado de tortura de uma figura assustadora conhecida como O Carniceiro. Ana S. Varella desfia os horrores que se escondem por trás de links obscuros e sites proibidos em uma narrativa que cumpre as expectativas e entrega ao leitor uma história arrepiante e um final surpreendente. ☠ (8/10)
Morte em 140 caracteres de André Comanche acerta na forma textual ao apresentar uma história contada através de uma thread de tweets, em uma narrativa ágil, direta e pessoal que transporta o leitor para o centro violento de uma trama de vingança e morte. É inovador e interessante, se utilizando somente da fala do protagonista André Comanche cria todo um cenário de tensão e suspense, construindo o ambiente na mente do leitor apenas através da sugestão narrativa. O resultado é visualmente surpreendente e uma leitura inesquecível. ☠ (10/10)
O Poema de Morte da Carne de Andrei Simões traz uma narrativa visceral sobre um poema maldito que quando declamado em voz alta causa um efeito extremamente perturbador no corpo de seu leitor. A escrita de Andrei Simões é cinematográfica e consegue arrepiar o leitor com suas descrições, mas este é o caso de um conto com uma ótima ideia que é prejudicado por sua construção textual, a narrativa fragmentada quebra a tensão e a própria divisão temporal é confusa. As idas e voltas no texto funcionam isoladamente, mas em conjunto não sustentam o suspense e podem até confundir um leitor menos atento. O texto é salvo por seu final instigante e todas as implicações que suscita. ☠ (7/10)
Morta de Bruno Godoi exprime a essência de uma creepypasta, com uma narrativa ágil e direta mergulha no assustador mundo das mensagens subliminares em vídeos proibidos. A narração fragmentada desta vez funciona por não ter tantas idas e voltas desnecessárias, os flashbacks casam com os momentos da narrativa e o resultado é uma leitura deliciosa, tanto para os fãs desta temática como para quem nunca teve contato com o tema. ☠ (9/10)
O Valsista de Cacau Correia trafega entre a creepypasta e a lenda urbana, é aquele tipo de história clássica dentro da literatura de terror em que o protagonista desdenha das lendas locais e desafia a própria sorte até encontrar o sobrenatural em seu caminho. É uma estrutura que o leitor já conhece, mas que quando bem construída, prende a atenção e o impele a devorar as páginas mesmo já sabendo o que o espera no final. Grande parte disso se deve ao "vilão", o elemento que decide o sucesso ou fracasso desse tipo história. Neste caso o Valsista é arrepiante, a ambientação clichê é superada pela exploração realista da aparição e o resultado é altamente satisfatório. É um "causo" de assombração que você poderia ouvir de um amigo ou familiar. ☠ (9/10)
Novo Residente de Cláudia Lemes é um horror psicológico que evoca um dos meus medos particulares: o de acordar em um hospital sem lembranças de como cheguei até lá e ter passado por procedimentos bizarros sem a minha autorização. É uma leitura arrepiante e prazerosa, aquele tipo de história que você encontra na internet muitas apregoada como uma aviso. ☠ (10/10)
Llehninrublluoy de Dante Saboia é um conto vertiginosamente visceral e macabro. E se aquele jogo de videogame sombrio e desconhecido não for apenas um jogo? E se todas as suas ações no game, todas as mortes e assassinatos fossem reais? A narrativa ágil e direta entrega uma ótima história. ☠ (10/10)
Douglas Lobo traz uma perspectiva interessante de uma das creepypastas mais famosas em O Recanto mais Sombrio, com uma narrativa ágil e repleta de mistérios entrega uma história arrepiante. O protagonista encontra um estranho vídeo no pendrive de uma vizinha, após assistir a suas imagens perturbadoras passa a ser assombrado por estranhas visões e vozes. ☠ (9/10)
Das profundezas da seção de comentários de um tópico misterioso em um fantasmagórico site obscuro nasce A Marca de Nabu de Gabriel Mayer, um conto claustrofóbico e arrepiante que disseca a obsessão dos internautas por resolver enigmas insolúveis. Um usuário anônimo cria um tópico perguntando se alguém já ouviu falar sobre uma estranha marca, seu comentário atrai a atenção dos outros usuários por abordar um tema que ninguém havia ouvido falar e cujas fontes na internet são escassas, dezenas de teorias são criadas, mas nenhuma delas consegue antever o verdadeiro horror que jaz por trás da história da marca . ☠ (10/10)
E se aquelas correntes de mensagens irritantes tivessem um fundo de verdade? Gift Day de Glau Kemp explora com precisão o horror de um homem que não repassou a mensagem adiante e que enfrenta as consequências de seu ato numa fria e sangrenta madrugada. ☠ (10/10)
Deixe-me entrar de Graciele Ruiz mostra que os horrores modernos não se escondem mais em encruzilhadas sombrias ou cemitérios soturnos, o mal também pode vir em pequenas embalagens e um jogo de videogame pode armazenar mais mistérios do que aparenta. Buscando abrigo de uma tempestade, a protagonista entra em uma loja bizarra com um atendente mais bizarro ainda. Uma conversa desconexa e um clima estranho depois ela sai do local com um CD em mãos. Ao chegar em casa e colocá-lo em seu computador é recebida por um tela preta e uma única mensagem: Deixe-me entrar. Um simples clique e sua vida estará aberta para um mal além da imaginação. ☠ (10/10)
Garmodread Meneara Glosverg de Gustavo Lopes é um conto sangrento que explora os horrores dos vídeos proibidos e os catastróficos resultados para aqueles que violam essa proibição. O final do expediente em um escritório de um serviço de streaming ganha tons rubros quando um dos funcionários dá play em misterioso vídeo, o som que irrompe em seus fones de ouvidos tem efeitos devastadores em seu cérebro, enquanto a insanidade corrói seus neurônios a única válvula de escape é automutilação. ☠ (9/10)
Mensagens ao deus do profundo de Igor Chacon mostra que o bom e velho tabuleiro ouija não é a única forma de se comunicar com o além, um computador com um sistema antigo faz o mesmo trabalho com uma qualidade até maior. Uma história de assombração curta e direta, repleta de imagens perturbadoras e impulsionada por uma conexão de vingança que diverte e assombra na mesma medida. ☠ (9/10)
Boa noite, Babamoon de J. M. Menez apresenta uma versão moderna da história da boneca assombrada ao mesmo tempo que conserva elementos clássicos que dão ar de fábula ao conto, em especial a narração. A autora consegue trabalhar bem com os clichês do gênero e entrega uma trama cheia de suspense e com um ótimo final. ☠ (9/10)
Mensagens ao deus do profundo de Igor Chacon mostra que o bom e velho tabuleiro ouija não é a única forma de se comunicar com o além, um computador com um sistema antigo faz o mesmo trabalho com uma qualidade até maior. Uma história de assombração curta e direta, repleta de imagens perturbadoras e impulsionada por uma conexão de vingança que diverte e assombra na mesma medida. ☠ (9/10)
Boa noite, Babamoon de J. M. Menez apresenta uma versão moderna da história da boneca assombrada ao mesmo tempo que conserva elementos clássicos que dão ar de fábula ao conto, em especial a narração. A autora consegue trabalhar bem com os clichês do gênero e entrega uma trama cheia de suspense e com um ótimo final. ☠ (9/10)
A Chorona de Karol Melo exprime com exatidão a obsessão que corrói a sanidade das vítimas das creepypastas: um mistério sombrio e instigante, uma maldição associada a um personagem assustador e um final surpreendente. Uma narrativa ágil e cinematográfica que se aproveita ao máximo da tensão e suspense criados pela Chorona. Não veja suas lágrimas! ☠ (10/10)
A Parteira de Kelly Amorim é um dos meus contos favoritos deste livro, é surpreendente a velocidade com que a trama evolui de uma situação banal para um horror visceral e bizarro, a construção da cena é ótima e sua conclusão perfeita. O protagonista, ao acordar de madrugada em um hotel, percebe que está faminto e decide pedir algo para comer pelo telefone. Quando a comida chega, ele a devora sem pensar, só depois de algumas mordidas é que presta atenção no entregador: uma velha com uma catarata no olho esquerdo que vertia secreções esverdeadas... ☠ (10/10)
Políbio de L. A. Tecau explora as mensagens satânicas que escondem por trás dos discos de vinil. O conto tem um ótimo início, sua narração invoca uma deliciosa nostalgia no leitor, o autor consegue criar uma boa ambientação para o tema que escolheu, porém seu clímax quebra totalmente com o ritmo da história. O final rápido soa meio apressado, na tentativa de forçar várias referências e "horrores", acaba se tornando inverossímil até mesmo dentro do contexto fantástico em que se insere. É um daqueles casos em que a sugestão de algo sobrenatural seria mais assustador do que mostrar uma grande gama de horrores que não afetam o leitor. ☠ (6/10)
Deadf@all de Leonardo Duprates é uma mistura explosiva de ação e terror. O autor se utiliza de forma inteligente da simbiose entre tecnologia e assombração para criar uma curiosa creepypasta, onde o mundo virtual e o real se sobrepõem para dar vida a uma criatura surgida diretamente dos confins mais obscuros da internet. É o tipo de história para se ler de um só fôlego. ☠ (10/10)
A Parteira de Kelly Amorim é um dos meus contos favoritos deste livro, é surpreendente a velocidade com que a trama evolui de uma situação banal para um horror visceral e bizarro, a construção da cena é ótima e sua conclusão perfeita. O protagonista, ao acordar de madrugada em um hotel, percebe que está faminto e decide pedir algo para comer pelo telefone. Quando a comida chega, ele a devora sem pensar, só depois de algumas mordidas é que presta atenção no entregador: uma velha com uma catarata no olho esquerdo que vertia secreções esverdeadas... ☠ (10/10)
Políbio de L. A. Tecau explora as mensagens satânicas que escondem por trás dos discos de vinil. O conto tem um ótimo início, sua narração invoca uma deliciosa nostalgia no leitor, o autor consegue criar uma boa ambientação para o tema que escolheu, porém seu clímax quebra totalmente com o ritmo da história. O final rápido soa meio apressado, na tentativa de forçar várias referências e "horrores", acaba se tornando inverossímil até mesmo dentro do contexto fantástico em que se insere. É um daqueles casos em que a sugestão de algo sobrenatural seria mais assustador do que mostrar uma grande gama de horrores que não afetam o leitor. ☠ (6/10)
Deadf@all de Leonardo Duprates é uma mistura explosiva de ação e terror. O autor se utiliza de forma inteligente da simbiose entre tecnologia e assombração para criar uma curiosa creepypasta, onde o mundo virtual e o real se sobrepõem para dar vida a uma criatura surgida diretamente dos confins mais obscuros da internet. É o tipo de história para se ler de um só fôlego. ☠ (10/10)
Não acorde os Mortos de Letícia P. S. disseca com propriedade a clássica premissa do fã de história de terror que acaba dentro de uma história de terror. Um colégio abandonado e um grupo de amigos, querendo descobrir se as lendas locais são reais, protagonizam uma arrepiante história de fantasmas. Seu início é meio confuso, as motivações dos personagens soam um pouco artificiais, porém a ambientação, as descrições da escola e o que eles encontram lá são fantásticas, e o desenvolvimento da narrativa dão o tom sangrento e assustador que a trama necessita. Uma leitura divertida que entrega o que as creepypastas tem de melhor para oferecer: uma história bizarra e totalmente verossímil. ☠ (9/10)
A Umbra de Mário Bentes é uma facada direta no cerne da nostalgia, nas profundezas da nossa mente, local que fica a poucos centímetros de onde nascem os piores pesadelos. Conforme o autor suavemente gira sua faca literária atinge esses horrores adormecidos e mistura esses dois elementos em uma narrativa arrepiante e impactante. Nos primórdios da internet, quando a conexão era feita apenas nas madrugadas, era mais difícil comprovar a veracidade das creepypastas, que já rondavam a internet. Porém aqueles que eram pacientes e dedicados encontravam horrores além da compreensão... ☠ (10/10)
O Apanhador de Almas de Mayron Nascimento traz como protagonista The Rake, uma das criaturas mais famosas do universo das creepypastas, provavelmente você já viu a imagem de sua figura pálida em uma floresta escura à noite em algum lugar da internet. O autor traz uma versão interessante dessa lenda, sua construção narrativa privilegia o suspense de modo que mesmo que você não conheça a criatura ficará assombrado com sua história e se você a conhece se deliciará com essa arrepiante homenagem. ☠ (10/10)
Ohlepse de Patrícia Vahl explora com elegância os desafios envolvendo espelhos e invocações sombrias. Dizem que se você escrever seu nome em um papel e lê-lo em frente ao espelho da forma como aparece refletido, ou seja ao contrário, conseguirá despertar seu lado sombrio através de seu reflexo. Patrícia Vahl mostra o que acontece quando o ceticismo encontra o sobrenatural, existem coisas que jamais deveriam ser acordadas. ☠ (9/10)
Você já viu este homem? de Pedro Riguetti é um conto curto e extremamente efetivo em afetar o leitor, sua ambientação evoca o lado mais sombrio das creepypastas e seu principal trunfo está mais na capacidade de sugestão de um horror do que na materialização do mesmo. Existem vários relatos na internet, de pessoas de diferentes lugares do mundo, com um estranho ponto em comum: todos sonharam com a mesma pessoa. Será que você também já viu esse homem? ☠ (10/10)
1989 de P. H. Ludwig se utiliza da narrativa ao estilo "manuscrito encontrado" para dar vida a uma versão sombria das creepypastas de programas infantis bizarros. O protagonista está encarregado de avaliar uma propriedade abandonada para um cliente, no meio do caminho as coisas começam a dar errado e ele logo se vê diante da necessidade de passar a noite no local. O que descobrirá tarde demais é que a propriedade pode até ter sido abandonada pelos seres humanos, mas algo ainda vive por lá. ☠ (10/10)
O Presente de Pris Magalhães explora uma temática bastante comum a histórias envolvendo bonecas assombradas, tanto que um leitor experiente no gênero descobre desde o início qual é a intenção da autora, curiosamente mesmo assim sua narração conseguiu prender a minha atenção, seus personagens são bem construídos e sua ambientação é impecável. Talvez essa história consiga surpreender com sua força máxima um leitor mais incauto. ☠ (8/10)
O Homem-Pássaro01765 de Rafael Becker presta homenagem a uma história clássica de Richard Matheson, Button Button, onde um casal se vê diante diante de uma escolha mortal e moralmente questionável: e se você ganhasse um milhão de dólares para apertar um botão que iria causar a morte de um desconhecido? Só que neste caso a questão é o que você faria se um obscuro site oferecesse prêmios em dinheiro para rodar uma roleta online? Só que o ônus desta vez é mais sombrio: a alma do seu melhor amigo. Ou pior e se você fosse esse melhor amigo? ☠ (10/10)
Raquel Pagno foi uma das grandes surpresas da antologia, de sua autoria foram nada menos que três histórias: #SAVELORRAINEHELLEN, mais um conto narrado em forma de tweets, se aproveita de um acontecimento recente do mundo virtual para contruir uma história arrepiante e surpreendente. Uma jovem youtuber começa a preocupar seus seguidores por estar agindo de forma completamente estranha, eles passam a acreditar que alguém a sequestrou e a está obrigando a gravar vídeos. Entre histeria e obsessão eles irão até o inferno para descobrir a verdade. ☠ (10/10)
Em Highway to Hell a autora mistura ação e terror em uma perseguição por uma estrada assombrada, utilizando como combustível a clássica música do AC/DC. Apesar de bem escrita esta é a típica história de rodovia assombrada, contada e recontada dezenas de vezes pela literatura e cinema, faltou um pouco de audácia na história para sair do escopo do clichê e surpreender o leitor. ☠ (6/10)
O último conto de Raquel Pagno é instigante e criativo, Setealém traz a história de um personagem fascinado por máquinas fotográficas antigas e seus filmes não revelados. Em sua jornada para descobrir tesouros perdidos acabará encontrando imagens sombrias que destruirão para mudarão para sempre sua visão de mundo e destruirão o véu de ignorância que cega seus olhos. Forças além da nossa compreensão rondam este mundo e às vezes máquinas conseguem captar sua essência... ☠ (10/10)
Parabéns para mim de Renata Maggessi explora vários elementos comuns do gênero: um grupo de jovens que viaja para uma casa no meio do nada para comemorar uma data especial, que por coincidência tem ligação com uma lenda sangrenta que cerca o local, suas presenças acabam despertando forças sombrias e um final sangrento. Mais uma vez temos um conto bem escrito que não foge muito das convenções do gênero, o destaque vai para a descrição da cena final quando o grupo é encontrado, a autora mostra neste trecho toda a qualidade de sua escrita, mas fora isso a trama fica no comum. ☠ (7/10)
A Voz da Floresta de Rodrigo Ortiz Vinholo é a narrativa mais poética da antologia, sua escrita transporta o leitor para o interior de uma floresta antiga, onde barganhas macabras são realizadas, para testemunhar a origem de uma criatura horrível que tem um apetite especial por criancinhas. ☠ (10/10)
Chiara de Tyanne Maia traz a história de uma garotinha e sua boneca que acaba da pior maneira possível, é narrada através de um e-mail de advertência na voz da própria mãe de coração despedaçado. Isso traz uma carga emocional e de verossimilhança brutal para a história e alcança com perfeição o tom sombrio das creepypastas. Fecha a antologia de forma impecável. ☠ (10/10)
Creepypastas: Lendas da Internet é um dos melhores lançamentos de terror deste ano no Brasil, recheado de histórias arrepiantes e macabras é uma leitura imperdível e altamente indicada para noites insones, seus contos são garantia de uma ótima safra de pesadelos.
Creepypastas: Lendas da Internet (2018) | Ficha Técnica
Organizadora: Glau Kemp
Editora: Lendari
Páginas: 216 páginas Compre: Amazon
Nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (9/10 Caveiras)
7 Comentários
O nome do autor do conto Llhninrublluoy está errado. É Dante. :D
ResponderExcluirCorrigido :) Valeu. Acertei no mais difícil, o nome do conto "Llehninrublluoy" e errei o fácil Hahaha
ExcluirKkkkkkkkkkkk... Valeu cara e muito obrigado pela avaliação, foi bem importante pra mim, esse é meu primeiro conto publicado.
ExcluirE muitíssimo obrigado pela resenha, estou muito feliz de ter agradado. :)
ResponderExcluirFiquei muito feliz com a resenha. Esse conto creio que seja um dos melhores que já escrevi.
ResponderExcluirMuito obrigada pela resenha !! Fico lisonjeada de estar emtre os seus favoritos!
ResponderExcluirE, se possível, conserte meu sobrenome! É Amorim 😬
Entre*
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