Um grupo de soldados americanos encontra um tanque de guerra nazista perdido em meio a uma floresta da Alemanha, quase quarenta após o término da Segunda Guerra Mundial. A máquina é nada menos que um exemplar em ótimo estado de conservação de um Jagdpanther, em alemão "pantera-caçadora", nome dado por Hitler a poderosa divisão anti-tanques nazista.
Os Jagdpanthers entraram em ação pouco antes do fim da guerra e deixaram um rastro de destruição e morte na história, poucos sobreviveram a própria destruição em combate, por isso a descoberta chama a atenção de várias autoridades assim que se espalha, bem como a história do estranho acidente envolvendo o grupo de soldados que o encontrou. Somente um deles sobreviveu, balbuciando uma história sobre assombração que logo foi descarta.
Quando um especialista em restauração de tanques morre de forma sangrenta e inexplicável segredos que há décadas jaziam enterrados começam a ressurgir, um horror indizível é despertado através da tecnologia e o resultado é uma blasfêmia que desafia todas as leis da natureza e que está em uma guerra que remonta a tempos anteriores a humanidade.
Panzer Imortal a primeira vista remete a clássicos do subgênero "máquinas assombradas", como Christine de Stephen King e O Carro de Dennis Shryack e Michael Butler, sua primeira metade em grande parte é similar a essas histórias, porém Tom Townsend utilizou uma estranha mistura entre terror e fantasia para explicar o sobrenatural no livro. E quando digo fantasia, é Senhor dos Anéis, chegando ao ponto de fazer várias citações de A Sociedade do Anel.
O resultado é instigante, imagine uma história de terror dos anos oitenta cuja narrativa adquire aspectos de uma fantasia inspirada pela mitologia tolkieniana, a leitura é divertida com direito a mortes sangrentas e bizarras além de um final épico e dramático no interior de uma montanha.
Porém Panzer Imortal não é muito mais que isso, um bom entretenimento, Tom Townsend não inova na exploração dos gêneros e sua trama avança através de muitas coincidências. Um aspecto positivo de sua escrita são as várias subtramas acontecem ao mesmo tempo em sua história, além da jornada dos protagonistas vs Jagdpanther, há uma boa exploração da polarização, da época da Guerra Fria, entre Estados Unidos e União Soviética, onde espiões se arrastam nas sombras e entrelinhas buscando detalhes sobre essa "nova tecnologia".
Panzer Imortal é uma ótima escolha se você busca uma leitura divertida e que fuja dos padrões do gênero, não é assustador, mas oferece algumas surpresas e cenas bem interessantes.
Panzer Imortal (1988) | Ficha Técnica
Título original: Panzer Spirit (1988)
Autor: Tom Townsend
Páginas: 272 páginas
Tradutor: Fábio Fraga Moreira
Editora: Nova CulturalPáginas: 272 páginas
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Nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (7/10 Caveiras)
Nota: ☠☠☠☠☠☠☠☠☠☠ (7/10 Caveiras)
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