Ontem, dia 26 de abril, a Mystery Writers of America, organização americana de escritores de mistério e suspense, anunciou os ganhadores do Prêmio Edgar Allan Poe de 2018, o Edgar Awards. O prêmio é concedido anualmente para o melhor da ficção, não-ficção e roteiros para televisão de mistério produzidos ou publicados em 2017. Confira a lista dos vencedores:
Melhor Romance
Bluebird, Bluebird de Attica Locke
Quando se trata de lei e ordem, o leste do Texas tem suas próprias regras - um fato que Darren Mathews, um Texas Ranger negro, sabe muito bem. Ele conhece bem o que é ser negro e crescer no estado da estrela solitária, foi o primeiro de sua família a ir para o mais longe possível do Texas. Até que o dever o trouxe de volta.
Quando sua lealdade às raízes coloca seu emprego em perigo, ele viaja pela Highway 59 até a pequena cidade de Lark, onde dois assassinatos - o de um advogado negro de Chicago e de uma mulher branca local - provocaram um ninho de ressentimento. Darren deve resolver os crimes - e salvar-se no processo - antes que a tensão racional em Lark exploda em violência.
Melhor Romance de Estreia
She Rides Shotgun de Jordan Harper
Polly, de onze anos, é muito inteligente para a sua idade. Porém ela é solitária. Sua mãe diz que ela tem "olhos de pistoleiro" assim como seu pai, que ela nunca conheceu. Na prisão, prestes a ser libertado, Nate entra em conflito com o poderoso líder da Irmandade Ariana. Marcado de morte no dia em que ficar livre, Nate logo percebe que todos que ele ama são alvos em potencial - incluindo sua filha, Polly.
Agora, forçado a se esconder pela luz colocada sobre ele, Nate se vê tendo que ensinar sua filha desconhecida a sobreviver em um mundo onde é matar ou morrer. Logo os dois se encontram em uma luta incessante pela sobrevivência e, ao longo do caminho, descobrem os laços que jamais suspeitaram...
Melhor Romance Original em Brochura
The Unseeing de Anna Mazzola
Ambientado na Londres de 1837, The Unseeing de Anna Mazzola, é a história de Sarah Gale, mãe e costureira, condenada a ser enforcada por sua participação no assassinato de Hannah Brown na véspera de seu casamento.
Depois que Sarah alega inocência, Edmund Fleetwood é nomeado para investigar se a justiça realmente foi feita. Idealista, mas lutando com seus próprios demônios, Edmund está determinado a encontrar a verdade. No entanto, Sarah se recusa a ajudá-lo, nem mentindo nem acrescentando nada às provas reunidas no tribunal. Edmund sabe que ela está escondendo alguma coisa, mas precisa descobrir por que ela está mantendo seu silêncio.
Melhor Livro sobre Crime Real
Killers of the Flower Moon de David Grann
Na década de 1920, as pessoas mais ricas per capita do mundo eram membros da nação indígena Osage em Oklahoma. Depois que petróleo foi descoberto sob suas terras, eles passaram a viajar em automóveis com motorista, construíram mansões e enviaram seus filhos para estudar na Europa.
Então, um por um, os Osage começaram a morrer. A família de uma mulher dos Osage, Mollie Burkhart, tornou-se o alvo principal. Seus parentes foram baleados e envenenados. E foi apenas o começo, logo mais e mais membros da tribo começaram a morrer em circunstâncias misteriosas.
Neste último remanescente do Oeste Selvagem - onde os magnatas do petróleo como J. P. Getty fizeram fortuna e onde vagavam almas desesperadas como Al Spencer, o “Terror Fantasma” -, muitos dos que ousaram investigar os assassinatos foram assassinados. Com o número de mortos subindo para mais de vinte e quatro, o FBI assumiu o caso.
Foi uma das primeiras grandes investigações de homicídio da organização e o departamento mal avançou no caso. Em desespero, o jovem diretor, J. Edgar Hoover, procurou um ex-guarda-florestal chamado Tom White para desvendar o mistério. White montou uma equipe secreta, incluindo um dos únicos agentes indianos americanos na agência. Os agentes infiltraram-se na região, lutando para adotar as mais recentes técnicas de detecção. Juntamente com o Osage, eles começaram a expor uma das conspirações mais assustadoras da história americana.
Melhor Livro de Crítica/Biografia
Chester B. Himes: A Biography de Lawrence P. Jackson
Nesta biografia definitiva de Chester B. Himes (1909-1984), Lawrence P. Jackson usa entrevistas exclusivas e acesso irrestrito aos arquivos completos de Himes para retratar um controverso escritor americano cujos romances confrontam com firmeza temas como sexo, o racismo e a identidade negra. Himes atacou brutalmente a política racial no romance best-seller Se Ele Chiar Deixa Rolar, mas ficou famoso por sua série de detetive no Harlem, incluindo Rififi no Harlem. Um sério criador literário em sua época, Himes tinha amizades - às vezes desconfortáveis - com luminares como Ralph Ellison, Carl Van Vechten e Richard Wright.
Melhor Conto
"Spring Break" de John Crowley publicado em New Haven Noir.
Melhor Ficção Infanto-juvenil
Vanished! de James Ponti
Florian Bates - o único garoto na discagem rápida do diretor do FBI e em várias listas de criminosos mais procurados pelo mundo - deve revelar a verdade por trás de uma série de pegadinhas de ensino médio que podem ou não envolver a filha do presidente dos Estados Unidos no hilariante segundo volume da série T.O.A.S.T.
Melhor Young Adult
Long Way Down de Jason Reynolds
Seu irmão Shawn acabou de ser assassinado. Mas Will conhece as regras. Sem chorar. Sem delatar. Vingança. Essa é a sua parada final, para onde está indo com a arma enfiada na cintura por trás do jeans, arma que era do seu irmão. Ele entra no elevador, no sétimo andar, aturdido. E ele não sabe o que acontecerá depois.
Quando o elevador para no sexto andar, vem Buck. Buck, Will descobre, é quem deu a Shawn a arma. Buck diz a Will para verificar se a arma está carregada. E é aí que Will vê que uma bala está faltando. E o único que poderia ter disparado a arma foi Shawn. Will não sabia que Shawn já havia usado sua arma. BUCK ESTÁ MORTO. Mas como ele está no elevador?
Enquanto Will está tentando entender isso, a porta para o próximo andar se abre. Uma adolescente se aproxima, afastando a fumaça do cigarro do Buck morto. Will não a conhece, mas ela sabe quem ele é. Sabe que quando eles tinham oito anos e balas perdidas atravessaram o parquinho, Will tentou cobri-la, mas ela foi atingida de qualquer maneira, e então o que ela quer saber, naquela parada do elevador no quinto andar, é, e se Will, com a arma empurrada em a parte de trás da calça jeans, sente falta disso.
E assim vai, o caminho todo descendo, enquanto o elevador para em cada andar, e a cada parada alguém ligado a seu irmão começa a dar a Will uma peça para uma história maior do que a que ele acha que sabe. Uma história que talvez nunca tenha um fim… se Will conseguir sair desse elevador.
Melhor Roteiro para TV
Somebody to Love de Noah Hawley para Fargo.
Prêmio Mary Higgins Clark
The Widow's House de Carol Goodman
Quando Jess e Clare Martin se mudam de Williamsburg, no Brooklyn, para sua antiga cidade universitária no vale do rio Hudson, eles esperam por um rejuvenescimento - de seu casamento, de suas economias e da carreira literária de Jess.
Eles aceitam o trabalho de caseiros em Riven House, uma propriedade em ruínas e a casa de seu antigo professor de redação. Clare sonhava em ser escritora, mas seus planos caíram no esquecimento quando Jess fez uma grande estréia literária em seus vinte anos. Faz anos, desde o seu primeiro romance. O ideia foi desgastada com o tempo. A esperança de Clare é que a beleza pastoral e a nostalgia do vale do Hudson ofereçam alguma inspiração.
Mas sua nova vida não são apenas visitas as bibliotecas da cidade e pomares de maçã perfumados. Há uma mortalha que assombra a Riven House como um véu fúnebre. Algo que não está certo. Logo, Clare começa a ouvir os bebês chorando à noite e vê figuras estranhas no nevoeiro à beira de sua propriedade. Mergulhando na história da área, ela percebe que Riven House tem um passado sombrio e angustiado. E o que quer que seja essa coisa - essa força ameaçadora que destrói os habitantes da propriedade - parece estar atrás de Clare agora...
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